N.º: 007/2012
Dica de Saúde: Doenças reumáticas
Doenças Reumáticas são enfermidades que acometem o aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações (“juntas”), cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Além disso, essas doenças também podem comprometer diversos órgãos do corpo humano, como rins, coração, pulmões, intestinos e até a pele. Existem mais de uma centena delas. As mais comuns são a artrite reumatóide, a osteoartrose, a fibromialgia, tendinites, bursite, gota, febre reumática, osteoporose e outras patologias que acometem a coluna vertebral. Vale salientar que as doenças reumáticas podem atingir pessoas de qualquer idade.
As doenças reumáticas, popularmente conhecidas como “reumatismo”, ao contrário do que muita gente pensa, podem atingir qualquer pessoa, independente da profissão, da idade, do sexo, da cor ou da classe social, e ser causadas ou agravadas por fatores genéticos, traumatismos, trabalho desgastante, obesidade, sedentarismo, estresse, ansiedade, depressão e alterações climáticas. Segundo estatísticas, 15 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de reumatismo, a principal causa de afastamento do trabalho.
Esse grupo de doenças não é transmissível, não é contagioso, não tem cura, mas tem tratamento. Se a doença for descoberta no início e tratada de maneira adequada, o paciente pode levar uma vida normal e sem dores, minimizando o risco de incapacidade física. Por isso, ao perceber dor nas articulações, principalmente por mais de seis semanas, acompanhada de inchaço, calor ou dificuldade para movimentar as juntas, sobretudo pela manhã, procure um médico.
Osteoporose
Osteoporose é uma doença que pode atingir todos os ossos do corpo, fazendo que fiquem fracos a ponto de quebrarem ao mínimo esforço.
A osteoporose deve ser prevenida desde a infância. O alerta do Ministério da Saúde para hoje (20), dia mundial de combate à doença, será tema da campanha que começa no dia 22 de outubro. A mobilização nacional tem o objetivo de reduzir a incidência da doença, que atualmente atinge 10 milhões de brasileiros. O tema é “Prevenção da osteoporose: da criança à pessoa idosa” e chama a atenção para o fato de que a adoção de hábitos saudáveis pelas crianças pode prevenir, ou minimizar o aparecimento da doença na vida adulta.
A osteoporose faz parte do processo natural de envelhecimento e caracteriza-se pela diminuição substancial da massa óssea que provoca ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos à fraturas. “É uma doença silenciosa e que causa muito sofrimento, já que, geralmente, é descoberta em idosos, após fratura provocada por uma queda e até escorregão”, explica a coordenadora da Saúde do Idoso, do Ministério da Saúde, LuizaMachado.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, 13% a 18% das mulheres e 3% a 6% dos homens, acima de 50 anos, sofrem com a osteoporose. No Brasil, o número de pessoas que possuem a doença chega a 10 milhões e os gastos com o tratamento e a assistência no Sistema Único de Saúde (SUS), são altos. “Só em 2010, o SUS gastou aproximadamente R$ 81 milhões para a atenção ao paciente portador de osteoporose e vítima de quedas e fraturas”, informa Luiza Machado.
A meta do governo federal é reduzir em 2%, ao ano, a taxa de internação hospitalar por fratura de fêmur em pessoas idosas. Apenas, em 2010, foram internados 74 mil brasileiros na rede pública por fratura de fêmur. Para isso, o governo federal firmou acordo com estados e municípios (com população acima de 100 mil habitantes), para a redução progressiva de internações por fratura de fêmur, desde 2008 com o Pacto Pela Vida.
Fatores de risco para osteoporose
– Menopausa: com a interrupção da menstruação, ocorre a diminuição dos níveis de estrógeno (hormônio feminino), que é fundamental para manter a massa óssea.
– Envelhecimento: a perda de massa óssea aumenta com a idade.
– Hereditariedade: a osteoporose é mais frequente em pessoas com antecedentes familiares da doença.
A importância da dieta na osteoporose:
A recomendação de cálcio é de 1.200 mg/dia para adultos e de 1.500 mg/dia para mulheres no período pós-menopausa. Segue abaixo uma tabela com os principais alimentos ricos em cálcio, bem como a quantidade desse mineral na porção recomendada:
Alimentos | Quantidade | Cálcio(mg) |
Leite integral não suplementado | 1 copo – 200 ml | 228 |
Leite desnatado não suplementado | 1 copo – 200 ml | 246 |
Leite de soja | 1 copo – 200 ml | 80 |
Leite de cabra | 1 copo – 200 ml | 380 |
Queijo minas fresco | 1 fatia – 30 g | 205 |
Queijo prato | 1 fatia fina – 15 g | 126 |
Queijo parmesão | 1 colher de sob. – 10 mg | 114 |
Requeijão | 1 porção – 20 g | 113 |
Iogurte | 1 pote – 200 ml | 240 |
Espinafre | 2 colheres de sopa – 60 g | 47 |
Couve-manteiga | 3 colheres de sopa – 36 g | 73 |
Escarola | 3 colheres de sopa – 36 g | 29 |
Agrião | 1 prato de sob. – 20 g | 24 |
Brócolis | 3 colheres de sopa – 36 g | 37 |
Sardinha | 1 porção – 30 g | 86 |
Ostras | 1 porção – 240 g | 235 |